Vanessa
Cristina Chucailo
(Mestranda-UNICENTRO)
RESUMO:
Este artigo pretende, em uma exposição breve, apresentar a idealização que se
fez da figura do mafioso a partir do personagem Don Vito Corleone, criado pelo
escritor Mario Puzo, na obra “O Poderoso Chefão” de 1969. O romance de Puzo
traz, em si, regras e costumes intrincados à antiga mentalidade mafiosa,
consagrada na figura de Don Corleone. Personagem esse, que acaba tomado como a
eterna representação que se tinha/tem da Máfia tradicionalmente siciliana. Um homem
sábio, capaz de resolver qualquer problema, assumir grandes responsabilidades,
comandar grandes negócios, um verdadeiro “homem de honra”.
PALAVRAS-CHAVES:
Mafioso. História. Literatura. Romance Histórico.
MARIO
PUZO E A TRAJETÓRIA ATÉ “THE GODFATHER”
Nascido em um bairro de
Nova Iorque em 15 de outubro de 1920, Mario Gianluigi Puzo sempre apresentou
gosto pela literatura, escrevendo diversos romances ao longo de sua carreira.
Carreira esta marcada não apenas pela literatura.
Vindo de uma família de imigrantes sicilianos
analfabetos de Avellino, cidade próxima de Nápoles, seu pai Antonio Puzo
trabalhou como ferroviário para o New York Central Rialroad. A mãe de Puzo,
Maria Le Conti Puzo, teve outros quatro filhos de um casamento anterior, seu
primeiro marido morreu em um acidente. Durante um tempo, Mario e os irmãos
trabalharam para a Ferrovia. Quando Puzo ainda estava na adolescência, o pai
abandonou a família. Eles acabaram se mudando para um conjunto habitacional no
Bronx.
Foi através da
descoberta de bibliotecas públicas que Puzo acabou seduzido pelo mundo da
literatura e da escrita, contrariando sua mãe, que desejava que o filho se tornasse
um funcionário da estrada de ferro. Após graduar-se na “High School Commerce”, Puzo trabalhou um tempo como assistente de
telefonista para a ferrovia. Durante a Segunda Guerra Mundial entrou para a
Força Aérea dos Estados Unidos, servindo no Leste da Ásia e da Alemanha.
Posteriormente a
isso, Puzo estudou na “New School for Social Research”, de Nova Iorque e também
na Universidade de Columbia. Trabalhou por 20 anos como assistente
administrativo em escritórios do Governo em Nova Iorque e no exterior. Casou-se
em 1946, com Erika Lina Broske com quem teve três filhos e duas filhas. Após a
morte de Erika, em 1978, Puzo toma como companheira Carol Gino, enfermeira de
sua falecida esposa.
Foi aos 35 anos de
idade que Puzo publicou seu primeiro livro, “The Dark Arena” (1955). A partir
de 1963, passa a trabalhar como jornalista freelance
e escritor, lançando em 1965 seu segundo romance, “The Fortunare Pilgrim”.
Porém nenhum dos seus dois primeiros livros atingiu o tão sonhado sucesso
financeiro, embora tenham recebido boas críticas.
Foi durante o seu
trabalho como jornalista que Puzo ouviu diversas histórias sobre a Máfia. O que
resultou em 1969, na obra “The Godfather” (br. “O Poderoso
Chefão”; pt. “O Padrinho”), e que tornou o escritor em uma
celebridade literária.
O romance de Puzo,
eternizado pelo personagem de Don Vito Corleone, permaneceu na lista dos best-sellers do “The New York Times”,
por 67 semanas consecutivas[1]. O sucesso da obra foi tamanho
que em parceria com o Diretor Francis Ford Coppola, Puzo adaptou um roteiro
para o cinema em “O Poderoso Chefão” e “O Poderoso Chefão parte II”. Os filmes
receberam vários Oscars, incluindo melhor filme e melhor roteiro, eternizando
nas telas dos cinemas a figura do mafioso Don Vito Corleone interpretado pelo
ator Marlon Brando, e sua frase “Eu vou fazer uma oferta que ele não poderá
recusar” que se tornou um clichê.
Entretanto o que nos
interessa aqui é o livro, e não um paralelo entre cinema e literatura. Mas sim,
uma análise do personagem mafioso e todo cenário construído por Puzo, e que de
certa forma pode ser encarado como um romance histórico.
Antes de partirmos
para o pequeno universo reservado ao objeto específico de análise deste texto,
é importante estabelecer uma fundamentação teórica geral que servirá de base
para compreender um pouco a relação entre história e literatura, e, neste
contexto, o romance histórico.
A HISTÓRIA, A FICÇÃO E ROMANCE HISTÓRICO
Tanto a história
quanto o romance, são produtos da atividade do espírito humano, e que responde
a circunstancias, momentos ou fatos, seguidos por normas que lhe são próprios e
que atendem as suas necessidades narrativas.
“O objeto da história é o passado. É a história que faz vir ao presente
o que já não está mais aí. O objeto do romance é a imaginação do homem. É ele
que traz ao nosso presente o que jamais esteve aí” (MIRANDA, 2000, p. 17).
A história é,
portanto uma forma de escrita sujeita a limitações empíricas, não se trata de
uma coletânea do que pertenceu a um determinado passado ou a certo intervalo de
tempo, um mero acúmulo de dados incoerentes. “Tanto maior será o historiador
quanto maior for a sua capacidade de convencimento, o que se relaciona
diretamente com a capacidade de recriação e/ou interpretação das épocas a cujo
estudo se dedica” (MRANDA, 2000, p. 23) Mas no que isso se relaciona com o
romance?
Ao passo que a
história diz repeito a uma realidade tangível, a arte particular da literatura
é uma forma livre (muito embora uma liberdade absoluta seja uma
impossibilidade). Mas em comparação com a história, o romance apenas está livre
das restrições que os documentos, monumentos, signos e sinais do passado impõem
ao historiador, esse compromisso que a história tem com a realidade dos fatos.
Sobre o romance podemos apenas dizer que este procede da imaginação. Está
sujeito a limites, porém, limites que se desconhecem (MIRANDA, 2000).
Já o romance
histórico pode ser encarado por definição enquanto um gênero literário que
mescla história e ficção, reconstituindo de forma ficcional aspectos,
acontecimentos, fatos, costumes e/ou personagens históricos.
O romance histórico surge
no início do XIX, com Walter Scott e a publicação de suas obras como Waverley (1814), Ivanhoe (1819), entre outros. O escritor escocês trabalhou em suas
obras, conflitos e tensões no âmbito da vida intelectual moderna e tradicional
da Escócia além de importantes acontecimentos da história britânica (RIBEIRO,
2009).
O surgimento do
romance histórico na Inglaterra parece vir como resultado do despertar da
sensibilidade para com a História, a consciência do desenvolvimento histórico
em meio aos conflitos políticos e sociais anteriores a revolução burguesa.
Scott inovou e superou os romances
realistas do século XVIII e as suas noções que visavam garantir circunstancialidade,
especificidade de detalhes, além de verificabilidade. E, não obstante trate de
assuntos locais, a abrangência de seus romances pode ser considerada universal,
pois relaciona-se a conflitos e situações de caráter mais geral que podem se
apresentar em outros períodos, isto é, os estágios de progresso da civilização
descritos em seus romances são uniformes em várias sociedades (RIBEIRO, 2009,
p. 75).
Embora o pioneirismo
de Scott seja discutível no que tange o romance histórico, (RIBEIRO, 2009),
Lukács [2] buscou teorizar este
gênero literário a partir da análise da composição das obras de Walter Scott,
vendo nele o pai fundador do romance histórico (DE MARCO, 2000).
Para Lukács o romance
histórico exige não apenas a colocação da narrativa em um cenário histórico,
mas a vê como uma estratégia capaz de reconstituir em detalhes componentes
sociais, políticos, judiciais e culturais, característicos de cada época. Na
obra de Scott, Lukács notou certos elementos que definiram esse gênero
narrativo, tais como: a) uma época histórica é resgatada, e está mais ou menos
distante do presente do autor, servindo como pano de fundo histórico da
narrativa; b) nesse pano de fundo uma trama fictícia inventada pelo autor é
desenvolvida, com ações e personagens também fictícios e que se encaixam
perfeitamente com a época passada reconstituída; c) na trama inventada, há uma
história amorosa que pode ter um final feliz ou trágico; d) a trama fictícia
vai ocupar o primeiro plano do romance, ela canaliza as atenções tanto do narrador
quanto dos leitores; e) a época histórica passada é apenas um contexto histórico,
que perpassa toda a obra, explicando os comportamentos dos personagens e
ditando as soluções para os conflitos (SANTOS, 2010).
Posteriormente
a Scott, viu-se outros escritores de romances históricos, e que necessariamente
não seguiram, de forma tão rigorosa, o modelo instaurado pelo escritor escocês,
isso já em meados do século XIX.
A obra “The Godfather” vai apresentar
várias dessas características que podem qualificá-la enquanto um romance
histórico. Embora Puzo tenha alegado que nunca se encontrou com um mafioso em
sua vida antes de escrever o livro, sua obra é riquíssima em detalhes e
aspectos da antiga mentalidade mafiosa, especialmente no que diz respeito à
construção do personagem de Don Vito Corleone. Vejamos então, que aspectos da
realidade mafiosa vivida nos Estados Unidos serviram de inspiração para Mario
Puzo e que permite que sua obra seja enquadrada dentro do contexto do romance
histórico.
A MÁFIA NO CONTEXTO GERAL DA OBRA
Resumidamente, “O
Poderoso Chefão” (1969) trata-se de uma reconstituição da Máfia americana e do
submundo do crime representado por cinco Famílias[3] de mafiosos, em guerra por
território e negócios em Nova Iorque. A mais influente dessas Famílias, é
chefiada por Don Corleone. Ele é o Padrinho benevolente que nada recusa aos
seus “afilhados”. Ele pode, em um súbito banho de sangue, conseguir qualquer
coisa ou arranjar qualquer situação. Porém é recusado a um de seus protegidos,
um papel importante em um filme. Na manhã seguinte, o chefe do estúdio acorda e
vê horrorizado sobre a cama a cabeça do seu mais lindo e valioso cavalo de
corrida. A partir disso toda uma trama é desencadeada. Puzo
descreve a luta de Don Corleone entre os chefes da Máfia ítalo-americana, e
como os valores familiares e pessoais são transferidos de uma geração a outra,
e como eles mudam diante da pressão social.
É possível ver nas
entrelinhas da obra, a luta entre a Velha e a Nova Máfia. Um embate entre os
valores tradicionais da moral do velho mundo trazido com os primeiros imigrantes
italianos para os Estados Unidos, com os novos valores de uma jovem máfia
americana.
O reforço do poder da
velha máfia na política e na burocracia agravou o choque entre a antiga e a
jovem máfia. A antiga máfia pretendia respeito e obediência às tradições; a
jovem máfia, ao invés, pretendia libertar-se da proteção dos velhos, para
dedicar-se à nova atividade do contrabando de cigarro e drogas (PANTALEONE,
1962, p. 226).
Talvez o valor mais
importante da velha tradição mafiosa esteja envolta no conceito aplicado de
honra, ser um “homem de honra”. Entender o modo de pensar da antiga Máfia é,
antes de tudo, compreender essas “regras da honra” misturadas ao logro
calculado e uma selvajaria na mente de cada um dos seus membros, expresso em
termos religiosos, ou na própria linguagem da honra, e sempre subordinados aos
interesses da Família a qual pertence (DICKIE, 2006).
A distância temporal
que Puzo desenvolve em sua obra, não está afastada em séculos da realidade
vivida nos Estados Unidos naquele período. Na verdade ela é bem recente. A
Máfia está viva, pulsante e em intensas atividades. O escritor reconstituiu
acontecimentos inspirando-se em fatos e pessoas reais. Ou seja, toda trama
fictícia criada por Puzo, tem um pano de fundo histórico e real, com
personagens e ações fictícios, porém perfeitamente adequados à época
reconstituída, servindo de instrumento de pesquisa desse passado ou da
representação que se tinha desse passado e desses personagens.
Atualmente, os romances históricos não
são mais considerados histórias fiéis de pessoas ou acontecimentos passados,
mas sim recriações desse passado. Dessa maneira, cada época fará essa
“reconstrução” de modo a responder seus questionamentos, não podendo, portanto,
a História ser considerada a única fonte de informação sobre os fatos passados.
Assim, a percepção crítica da História, proporcionada pelos romances históricos
contemporâneos, pode contribuir para a formação da identidade do leitor que, conhecendo
a História, poderá refleti-la por meio da Literatura, estendendo essa reflexão
à análise da sua própria realidade (RIBEIRO, 2009, p. 80).
A força de expressão
e a riqueza de detalhes dá ao leitor uma ideia da vida e dos costumes
retratados na obra, característica essa, expressada pelo romance histórico. Entretanto,
podemos entender “The Godfather”, não como um romance histórico
tradicionalmente scottiano, mas como um romance histórico pós-moderno, afinal
ele não fecha em si a possibilidade de leitura e interpretação de um texto. O
desafio de transformar história em literatura está presente. Mas essa nova
forma de narrativa permite que tudo possa e deva ser questionado (RIBEIRO,
2009).
Espera-se que os
romances históricos pós-modernos não sirvam para dar respostas prontas aos
fatos, mas que apareçam justamente para questionar, subverter, problematizar
tudo aquilo que os romances históricos tradicionais e o senso comum davam como
certo. Talvez “The Godfather” até se
encaixe no perfil de um romance histórico tradicional, se levar em consideração
que, indiscutivelmente, a obra eternizou o estereótipo do mafioso nos Estados
Unidos. Mas qual é o mafioso idealizado por Puzo e construído dentro de sua
obra?
O ETERNO MAFIOSO
Don Vito Corleone foi o
nome dado a um dos personagens principais criado por Mario Puzo em “The
Godfather”. A verdade é que, Don Corleone eternizou-se como a representação do
que era um Chefe mafioso. Um homem sábio, capaz de assumir responsabilidades e
de comandar grandes negócios, um verdadeiro “homem de honra”, mas que no fim
das contas, como qualquer outro mafioso, permaneceu à margem da sociedade
(BIAGI, 1987). Afinal, Don Vito Corleone é um bandido, um mafioso. Sentimental,
individualista e cruel flagelo dentro de uma organização criminal bem
estruturada. Seus valores são de um conservadorismo burguês, e suas atividades
ilícitas espalham corrupção e violência.
Mas parece que esses valores
pouco influenciam @s leitor@s, uma vez que Puzo constrói toda uma trama que, no
final das contas transforma o bandido em herói. Mesmo a Máfia sendo uma
organização criminosa, que visa obter um rápido acúmulo de capital por métodos
ilícitos e desonestos, Don Vito Corleone aparece como o bom Padrinho, sábio,
honrado e poderoso, a quem todos podem recorrer.
Don Vito
Corleone era um homem a quem todo mundo recorria em busca de auxílio, e quem o
fizesse jamais ficava desapontado. Ele não fazia promessas ocas, nem
apresentava a desculpa covarde de que as suas mãos estavam amarradas por forças
mais poderosas no mundo do que ele mesmo. Não era preciso que ele fosse amigo
da pessoa, nem mesmo era importante que a pessoa não tivesse meios com que
pagar-lhe o favor recebido. Apenas uma coisa era necessária. Que a pessoa, a
própria pessoa, proclamasse sua amizade. Então, não importava quão pobre ou
impotente fosse o suplicante Don Corleone se encarregaria entusiasticamente de
resolver-lhe os problemas E não permitiria que coisa alguma impedisse a solução
do infortúnio desse indivíduo Sua recompensa? A amizade, o respeitoso título de
“Don” e, às vezes, a saudação mais carinhosa de “padrinho”. E talvez, apenas
para mostrar respeito, nunca a título de proveito próprio, algum presente
humilde – um galão de vinho feito em casa, ou um cesto de taralles apimentados feitos especialmente para honrar a sua mesa de
Natal. Compreendia-se, era apenas uma questão de cortesia, proclamar que o
indivíduo estava em dívida para com ele e que tinha o direito de convocar a
pessoa, a qualquer momento, para saldar a dívida por meio de algum pequeno
serviço (PUZO, 1969, p. 15).
Puzo constrói em cima
do personagem Don Corleone, nada mais do que a realidade do que deveria ser um
mafioso fortemente influenciado pela antiga mentalidade tradicional do homem de
honra, de uma cultura de pertencimento e de valores fundamentais. “Num mundo
que perde os pontos de referência, os mafiosos tendem a conservar sua
identidade. A vida dos homens de honra é condicionada por seus valores.
Comportar-se dignamente, por exemplo” (FALCONI; PADOVANI, 1993, p. 66). Nesse
contexto, Don Corleone é representado com perfeição por Puzo, afinal dentro da
trama, o poderoso Corleone se mantém fiel às antigas tradições, demonstrando
respeito, erudição, e toda uma moral mafiosa que um verdadeiro líder precisa
ter. O mafioso de antigamente, não devia fazer alarde de armas, ou exibi-las.
“Não deveria ser prepotente. Não mostrar que era um mafioso: mas fazer sentir,
no ar, que podia sê-lo” (BUSCETTA apud
BIAGI, 1987, p. 89).
Em uma passagem do
livro de Enzo Biagi, “O Chefão está Só” (1987, p. 131) em entrevista realizada
com Tommaso Buscetta[4],
Biagi pergunta ao mafioso, se ele leu “O Poderoso Chefão”. A resposta de
Buscetta é rápida, “- Sim, É tudo verdade, com exceção do beija-mão, e da
cabeça de cavalo decepada, porque a máfia faz coisas piores”. Em seguida Biagi
questiona sobre o que deve fazer um Padrinho? Buscetta responde que este no
futuro, deve dar ao novo membro da Família mafiosa, todos os ensinamentos de
que deve a ele mais devoção que aos outros. Ou seja, a lealdade que o mafioso
tem para com o seu Chefe, seu Don, sua Família, é o ensinamento mais precioso
que se possa transmitir. E Don Vito Corleone, representa exatamente essas
características, e que faz dele um verdadeiro Padrinho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“The
Godfather” é um clássico no que diz respeito à literatura escrita sobre Máfia.
Nenhum outro romance retratou tão bem o que foi (talvez até o que é) essa
organização criminosa.
Puzo pode não ter se encontrado com nenhum
mafioso antes de escrever essa obra. Mas certamente tudo que ouviu falar sobre
a Máfia antes de decidir escrever o livro, e as pesquisas realizadas pelo
escritor para situar sua obra dentro de um contexto histórico e que serviram de
inspiração, renderam a ele um bom retrato da realidade mafiosa do período, mas
principalmente do que é ser mafioso.
REFERÊNCIAS
BIAGI, Enzo. O Chefão está Só.
Buscetta – a verddeira história d um verdadeiro padrinho. Rio de Janeiro:
Rocco, 1987.
DE MARCO, Valeria. Na poeira do romance histórico. In.: BOECHAT, M. C.
B.; OLIVEIRA, P. M.; OLIVEIRA, S. M. P. de. (orgs.). Romance histórico: recorrências e transformações. Belo Horizonte:
FALE/UFMG, 2000.
DICKIE, J. Cosa Nostra: história da máfia siciliana. Lisboa: Edições 70, 2006.
FALCONE, Giovanni., PADOVANI, Marcelle. Cosa Nostra: O juiz e os homens de honra. São Paulo: Bertrand
Brasil, 1993.
MIRANDA, José Américo. Romance e História. In.: BOECHAT, M. C. B.;
OLIVEIRA, P. M.; OLIVEIRA, S. M. P. de. (orgs.). Romance histórico: recorrências e transformações. Belo Horizonte:
FALE/UFMG, 2000.
PANTALEONE, Michele. Mafia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1962.
PIMENTEL, Samarkandra Pereira dos Santos. Considerações acerca do
romance histórico. Revista Espetáculo.
Madrid. Ano XIV. Vol. 44. Março-Junho, 2010. Disponível em: http://www.ucm.es/info/especulo/numero44/romanhis.html
PUZO, Mario. O Poderoso Chefão. Rio de Janeiro: Record, 1969.
RIBEIRO, Rejane de Almeida. Aspectos dos romances históricos tradicional
e pós-moderno. Revista Scientia FAER.
Olímpia. Ano 1. Vol. 1. 2º Semestre, 2009. P. 74 – 81.
[1] De 30 de março de 1969 até 05 de
julho de 1970. Listas disponíveis no endereço eletrônico: http://www.hawes.com/ny_times.htm
[2] George Lukács foi um dos
primeiros teóricos a estudar a escrita histórica de caráter ficcional.
[3] “Família” mafiosa é uma espécie
de grupo de afinidade, a qual o mafioso deve dirigir-se sempre que necessário.
É o primeiro degrau de filiação ao um grupo mafioso. Em geral, cada família
controla uma porção de território, e funciona como uma célula base da organização.
A força de uma Família é medida tanto pelo número de componentes quanto pelas
amizades de importância social que o seu chefe conseguiu estabelecer. Quanto
maiores e mais qualificadas forem essas relações, maior será a consideração e o
respeito conquistado pelos adeptos dessa Família (PANTALEONE, 1962).
[4] Tommaso Buscetta foi um mafioso
preso pela polícia italiana, e que vai se tornar o principal fornecedor de
informações a respeito da Máfia, em troca de proteção para ele e sua família.