ESCURIDÃO NO TIEMPO DE LUZ DE ADA BARCELO DE CASTRO


Weberson Fernandes Grizoste
Doutor em Poética e Hermenêutica
Universidade do Estado do Amazonas


Resumo
A poetisa propõe-nos uma obra sobre um tempo de luz. Sabemos que todas as palavras têm o seu antônimo. Ao evocar uma palavra, evoca-se também o seu reverso. Ada fala-nos das agruras do presente, fala-nos também da felicidade perdida em um passado que, na altura, pareceu-lhe penoso e nisso reside a contradição da vida e da poesia. A poética antiépica virgiliana evocada aqui dá-nos suporte para uma análise dialética da contradição, do discurso oculto.

Palavras-chave: contradição, otimismo, pessimismo.

 Resumen
La poetisa nos ofrece una obra sobre un tiempo de luz. Sabemos que cada palabra tiene su antónimo. Evocando una palabra, evoca también su reverso. Ada nos habla de las dificultades del presente, también nos habla de la felicidad perdida en un pasado que, en aquel momento, parecía doloroso y ahí radica la contradicción de la vida y la poesía. La poética anti épicavirgilina evocada aquí nos da apoyo para un análisis dialéctico de la contradicción, del discurso oculto.

Palabras clave: contradicción, optimismo, pesimismo.



I had a dream, which was not all a dream.
The bright sun was extinguish’d, and the stars
Did wander darkling in the eternal space,
Darkness, Lord Byron

A vida tem o seu reverso. “Nascer significa já morrer um pouco”, registou o doutor Carlos André (1992, 23.). O tema da poesia antiépica ganhou notoriedade a partir da observação do contraste entre luz e trevas, sofrimento e felicidade,otimismo e tragédia, vida e morte na Eneida de Virgílio.
Em 2009 a poeta argentina Ada Barcelo de Castro publicou um livro de poesia cujo título é Tiempo de Luz. O lado reverso da luz é a escuridão. Leibniz recorreu a uma metáfora estética na qual comparava o mundo a uma obra de arte lembrando que a pintura é uma mistura de sombra e de luz, e que a música harmoniosa é uma mistura de sons dissonantes (Apud Lacroix, 2002, 28.). Essa metáfora de Leibniz pertence, na verdade, à Heráclito, cuja dialética declarava que os contrários põem-se de acordo. O dialeta de Éfeso havia, ainda, comparado à semelhança da pintura e da música, também a gramática cuja harmonia provém da união de vogais e consoantes (Apud Foulquié, 1949, 42-43). Michel Lacroix lembrara essa metáfora de Leibniz pela reflexão do filósofo alemão acerca da existência do mal no universo; e nós evocamo-la aqui para indicar que se, uma palavra lembra os seus sinónimos, também lembra os seus antónimos. Não é, logo, possível falar em luz sem não lembrar que no seu reverso está a escuridão. Mas, nesse caso específico, nem sempre a poeta Ada Barcelo nos conduzirá a escuridão através de uma palavra antónima, muitas vezes seremos conduzidos por esta própria porta.
Entremos, pois, ao livro. O poema Blanca Magnolia trata, ao que tudo indica, de uma noiva. A nubente revelada é filha da poeta.As núpcias é o fim de uma etapa de liberdade e o início de uma fase de compromissos mais sérios; da mesma sorte, é um divisor, donde no primeiro plano somos filhos e no segundo passamos a ser pais. O fim de um ciclo significa, por si só, morte. A adolescente, personificada numa magnólia branca, morre quando veste um vestido à medida de sua cintura e naquela noite enquanto os astros brilham na escuridão um anjo que lhe será o guia será anunciado pela música de um violoncelo.

Brillarán los astros en el cielo,
La noche de tu boda hijamía
Y una música de violoncelo,
Anunciará al ángel que estu guia.

A linguagem poética anuncia uma boda de casamento, mas se excluirmos o substantivo “boda” o anúncio se torna, inegavelmente e puramente, anúncio de morte. Morte reforçada pela imagem dos astros no céu da noite, pelo canto lúgubre do violoncelo, pelo anjo que é o guia. Mas a ideia de passamento estava expresso já no primeiro verso.

Al concluir una etapa en tu vida,
Cruzará el umbral de la seguiente
Tu figura casi adolescente,
En blanca magnolia convertida.

A magnólia, figura interessante, a magnólia, isto é, a noiva, dará continuidade ao ciclo daquilo que possibilitou a continuidade da humanidade: o acasalamento. Portanto a imagem é pertinente uma vez que as estruturas reprodutivas e anatómicas desta árvore é primitiva, assim como a família. Façamos análise simples desta árvore, a magnólia é muito apreciada para ornamentar os jardins e são encontradas principalmente em locais de clima temperado ou subtropical; portanto uma árvore de clima frio. Por outro lado a ciência botânica se interessa pelas magnólias, por apresentarem estruturas reprodutivas e anatômicas extremamente primitivas em relação as outras flores.
Mas voltemos ao início, nascer significa morrer um pouco, logo a conclusão de uma etapa da vida não é outra coisa senão a morte, cuja figura seria contínua nos outros versos. Por outro lado, é inegável que haja um sentimento de tristeza daquela que deixa a liberdade de solteira para contrair as responsabilidades de um casamento. Não deixa, também, de ser a morte da filha que agora aparta-se da casa da progenitora porque contraiu o matrimônio e assim como a mãe chora pela filha que morre, também chora pela filha que se casa e isso está expresso no aumentativo do último substantivo – lagrimón.
O poema seguinte é o que dá nome ao livro. A primeira estrofe fala em tempo de luz outonal. O outono, que se situa entre verão e inverno é a época da colheita, motivo pelo qual nos versos anteriores a poeta falava teniendoencuenta los valores altos e experiencia vivencial, a seguir diria dos valores esenciales que honran la vida. Mas o poema do Tiempo de Luz recorda o Tiempo de Trevas, personificado primeiramente nas lecciones que aprendí com mis errores, mas uma figura é mais importante na composição dessa penumbra: os errores agora são como una lámpara encendida. Ora, a lâmpada só pode brilhar na escuridão, é somente à noite que ela serve a humanidade; os erros cometidos se tornam lâmpadas dando a ideia cabal de quem precisa, não de um caminho para andar, mas de uma orientação. Mas por que Ada Barcelo não procurara outro tipo de orientação que não fosse lâmpada? Certamente por que andava à noite. Por que estas lâmpadas eram, em verdade, como erros cometidos no passado? Não se trata apenas de pessimismo, mas os erros comumente estão ligados ao lado negro da vida, por isso a poeta direciona-os nessa via. Contudo a poeta tenta dar um lado otimista para o seu poema, vejamos:

Y espontanea la risa cual si fuera
que invisibles manos me hacen cosquillas,
yo puedo conseguir de esta manera
hacerle al pesimismo zancadilla.

O lado otimista das mãos que fazem cócegas não convence totalmente ao leitor atento, porque os risos provocados por titilamentos não são felizes e muito menos agradáveis. Mas a poeta insiste que, dessa forma, pode dar ao pessimismo, tropeço. Por que o poema do Tiempo de Luz se encerra com dois substantivos com tal natureza? Sobretudo o último que se opõe diretamente ao substantivo luz. Ora, se atrás a poeta confessou que caminhava na escuridão auxiliada pelas luzes dos seus erros cometidos, agora fala em dar tropeço ao pessimismo. Tropeço e escuridão é uma combinação de mão e luva; mas se ela fala em tiempo de luz como há-de conduzir esse tropeço? São imagens paradoxais, antiépicas porque não estão livres de ambiguidades e como tais revelam a essência da humanidade: porque tudo o que é bom ou belo tem o seu reverso, como muito bem exemplificava Leibniz na tentativa de dizer que o Bem necessita do Mal para sobreviver, ainda que essa teoria tenha fracassado em explicar o sofrimento dos inocentes e a felicidade dos injustos, ela não malogra em demonstrar que tudo tem o seu reverso: todos, juntos e injustos, também morrem, por exemplo; e talvez pudéssemos ser mais sensatos que um quadro pode haver mais sombras que luzes, ou que um som dissonante pode ter a reprodução de um som consonante maior que a normalidade e ainda assim não perdem o seu valor. O Tiempo de Luz que fala Ada Barcelos, é na realidade, a reflexão que os seus erros a conduziam através da escuridão que é a vida, personificando a sua existência diante da imensidão do mundo.
O terceiro poema do livro chama-se Claro manantial e novamente as cores escuras são evocadas pela poeta. No primeiro verso Ada Barcelo fala-nos dos versos que emergem da alma como o vôo livre dos pássaros. Se, no entanto, o estado de liberdade humana é limitado pelo ambiente a qual o indivíduo está inserido, sabemos, também, que as aves não voam para onde querem da forma que querem senão obedecendo a direção do vento. A imagética de Ada Barcelo é pertinente, porque apesar das leis da natureza e sociedade, aos poetas e pintores, dizia Horácio, quid libera udenti sempre fuit aequa potestas (“igualmente se concedeu, desde sempre, a faculdade de tudo ousar”. ArsPoet. 10. Horácio). Mas o poema Claro Manantial lembra o local lúgubre de onde eles nascem – das virgílias noturnas.

Libres como las aves envuelo,
emergen desde el fondo de tu alma
los versos que en nocturnal desvelo,
proporcionan beatitud y calma.

Já falei em uma ocasião sobre os hábitos noturnos dos poetas (Cito o ensaio Tristes carnavais. A estação Mundo e a linha da Saudade de Carlos Brunno S. Barbosa), mas para Ada Barcelo os versos que surgem durante à noite estão de íntimas confesiones colmado, isto é, transbordando, como se lembrassem aquelas luzes do poema Tiempo de Luz, donde as lâmpadas são as lecciones aprendidas com seus errores. Por fim, o poema se encerra falando em suave fulgor que dão vida e cor aos sonhos fazendo os versos transcenderem a humanidade. Este brilho suave está, sem dúvida, ligado aos humanos erros do poema supracitado; curiosamente a poeta tem-nos durante à noite em cujo seio domina a escuridão, e, é através desse brilho que ela encontra o caminho, que ela vê a cor e a vida dos sonhos que possui. São, portanto, os erros luzes para as veredas da vida; porque somente depois de falhar que o indivíduo será capaz de descobrir uma fórmula diferente para uma nova tentativa que possibilite alcançar o que deseja. Os sonhos surgem durante a noite, logo, podemos conjecturar que sonham aquilo aqueles que não galgaram-no ainda, portanto, surgem para suprir uma ausência. Os erros, ou seja, as luzes clareiam os sonhos que se manifestam como vôo livre dos pássaros durante as virgílias noturnas. Ainda que o tal vôo livre dos pássaros, como já afirmei há pouco, é limitado pelo caminho do vento; isto é, o pássaro voa para onde quer obedecendo as diretrizes do vento; e os homens chegam onde querem obedecendo o curso da vida muitas vezes correndo na direção contrária àquela que querem chegar.
Esse processo de voar em função do vento para chegarmos ao ponto desejado é doloroso. Na ocasião do meu segundo caderno de poesias no prefácio citei um provérbio antigo segundo o qual pedra que rola muito não cria lodo, para depois dizer que a lapidação de um calhau no seixo requer incontáveis chicotadas d’água e resvalos entre pedras mais rijas, polindo muitas vezes onde menos queríamos (Grizoste, 2013, 11). Pois bem, as pedras que rolam num riacho obedecem o seu curso e não o podem fugir senão arrebatados por força, e muitas vezes elas ficam demasiado tempo estagnadas num sítio, mas outras vezes correm livremente por longo perímetro. Assim é o decurso da vida humana, paramos à beira do caminho e ficamos por longo tempo ensimesmado onde sequer queríamos ter passado, mas em outras ocasiões passamos à galope por sítios onde queríamos deleitar e descansar pelo resto das nossas vidas. Esse doloroso processo da vida é lembrado por Ada Barcelo no poema Transmutación.
A mutación por si só já é um substantivo que indica uma alteração, uma modificação de algo ou de alguma coisa, o que por si só evoca um trajeto de deslocamento. Mas, Ada Barcelo acrescenta o trans a mutación, e essa prefixação é o indicativo de que a poeta não está evidenciado a mutação em si, mas o caminho que conduziu ao processo. Diante do cristal de uma janela, com os olhos fixos na lontananza, ou seja, na distância, absorvida por uma pena misteriosa lamentava a sua desventurança. Esse acontecimento se passava durante um entardecer de nuvens cinzentas «nubes grises». Eis a contradição de Ada Barcelo: um entardecer de nuvens cinéreas anunciam a proximidade de duas coisas: a chuva e a noite, a segunda inevitável. Mas a poeta pinta no horizonte um sol nascente (na realidade, poente), com matizes vermelhas como se fossem um presságio resplandecendo. Mas que presságio de otimismo essa natureza poderia expressar? Somente o desvario de uma lira vaticinadora espera ao fim de um dia luzes animadoras. Mas são como os refletores na ribalta que anunciam o fim de um espetáculo de dor e desesperado, como se fosse um espectador padecendo as dores da tragédia de um personagem cujo espectáculo sangrento chegou ao fim dando, por fim, um alento para o desgraçado espectador. A escuridão traz a noite, a noite traz o sono, o sono traz os sonhos que aliviam as tensões humanas, já diziam os escritores antigos. O tiempo de luz em Transmutación é, portanto, um tempo de escuridão; da escuridão que alveja, que alivia as tensões humanas.A poeta, consciente dos limites da vida humana regozija-se, não com uma realização de cousa grande e esperançosa, mas com a simplicidade e a beleza dos trinos ao vento soltados por uma ave serenateira de plumagem marrom e um amarelo corbata.
Por fim, o Tiempo de Luz y trevas confunde-se, já que no penúltimo poema intitulado Remembranzas, onde a poeta recorda com tristeza o tempo passado:

Aquellos años de estudios
que parecían tediosos,
hoy sé que fueron hermosos
y dulces como prelúdios.

Ao que se vê, o tempo não é apenas passado, senão que também o que se passou foi mal aproveitado, denota-se no cântico de que o tempo hermoso na ocasião parecían tediosos. Esse é o Tiempo de Luz de Ada Barcelo, que entediada com o presente vê a felicidade no passado, no mesmo tempo passado que lhe havia parecido desolador. A poesia tem os seus caprichos, mas o poeta tem mimalhices ainda maiores. Eu não poderia deixar de citar nesse ensaio Gonçalves Dias, principalmente numa ocasião propícia, mas em segundo lugar porque conheci Ada Barcelo de Castro no centésimo-nonagésimo aniversário do poeta em São Luís do Maranhão, na ocasião em que se fizeram publicar mil poemas em homenagem ao bardo maranhense. Mas, a propósito do que falávamos, o poeta dos Timbiras reconhecia o egoísmo e o orgulho dos poetas.

Os poetas, diz o De Vigny, são todos uns egoístas, são por certo: - egoístas nas suas dores, ou orgulhosos, que pensam que todos que têm uma alma boa e compassiva se interessam por eles, e que têm a inocência ou fatuidade de se imporem sacrifícios ignorados, que ninguém lhes levará em conta (1846, Nov. 4, carta a Teófiloin Dias, 1998, 1060).

Mas quantos nas suas dores e privações não se enxergarão nas frases amargas dos poetas? A poesia é um universo donde a vaidade paga-se com a paixão desenfreada, com as reminiscências dos tempos perdidos literalmente, com os sonhos as quais sabemos não realizar nessa vida.Lembramos noutra ocasião que a psicanálise interpreta toda obra de arte como um sonho acordado; mas não devemos confundir os sonhos acordados de inspiração «imaginação criadora» com os outros. Nestes há, incontestavelmente, uma contribuição inconsciente; nos demais sonhos «de ambições egoístas» a contribuição inconsciente é quase nula. O sonho acordado é consciente, e de alguma forma realizam sempre a satisfação dos interesses e desejos reprimidos[1]. Por isso, a tribulação das Remembranzas é uma realidade que transpassa a poeta e permeia o universo tanto das mentes espirituosas capazes de imitarem as suas dores, quanto daqueles as quais sabem enxergarem-se nas imitações dessas mentes espirituosas, quanto à aqueles que nunca puderam nem poderão enxergar-se nas suas privações porque faltam-lhes o dom do discernimento da alma que as letras traduzem. Não discernir, contudo, não significa que o leitor não os sinta, e talvez os sinta ainda maiores do que a mente iluminada que os traduziu.
Eis a triste cina da poeta. Ao se lembrar que deixou de viver os años de estudios porque lhe parecían tediosos, deixa de viver o presente em virtude do recuerdo (…) soñando un mundo mejo. É o reverso da vida que falávamos no princípio desse ensaio. Se nascer significa morrer um pouco, recordar o passado que não vivemos bem é deixar de viver um bom presente, porque como diz um ditado antigo, águas passadas não movem moinhos. Ada Barcelo tenta ser otimista e demonstrar o seu tiempo de luz, mas é impossível a poeta demonstrar uma coisa sem não revelar o seu reverso. A obra da poeta encerra-se com um poema dedicado A Victor Cúneo, e as últimas palavras do poema referem-se a la hora de su absurda inmolación! A imolação da poeta pela poesia, do sacrifício para que as musas enviem desde a Castália e o Parnaso a inspiração. Mas, a imolação em sacrifício a uma divindade garantiu, sempre, a continuidade, o resgate de uma comunidade. Assim, a escuridão expressa na poesia é o farol que alumia o caminho do leitor sábio e atento. Assim, com os erros aprendemos a não cometer mais erros. Assim, com o sofrimento aprendemos a sofrer menos. Assim, a poeta não terá sofrido em vão.


Bibliografia Citada

ANDRÉ, Carlos Ascenso,«Morte e vida na Eneida» inMEDEIROS, Walter de, ANDRÉ, Carlos Ascenso, PEREIRA, Virgínia Soares, A Eneida em contraluz, Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos, 1992. 23-75.
DIAS, Antônio Gonçalves, Gonçalves Dias: Poesia e prosa completas,org. Alexei Bueno, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1998.
GRIZOSTE, Weberson Fernandes, Jaracatiá, São Paulo, Ixtlan, 2013.
__, Os Timbiras: os paradoxos antiépicos da Ilíada Brasileira, Coimbra, FLUC, 2013 (Tese Policop.).
__, «Tristes carnavais. A estação Mundo e a linha da Saudade de Carlos Brunno S. Barbosa», O Guari (2013), html.
FOULQUIÉ, Paul, A dialéctica, trad. Luís A. Caeiro, Lisboa, Europa-América, 1949.
HORÁCIO, Arte Poética, Trad. R. M. Rosado Fernandes, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2012.
LACROIX, Michel, O mal, Trad. Alexandre Emílio, Lisboa, Instituto Piaget, 1998.
SILVA, Gastão Pereira da, Psicanálise dos sonhos, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, 1968.






[1] Silva, 1968, 221. Os sonhos acordados surgem por meio das representações, que fantasiamos à nossa maneira. Estes sonhos são tão frequentes quanto maior for o grau do egoísmo humano, da ambição, da necessidade de domínio e dos desejos eróticos, quase sempre insatisfeitos. Obj. Cit., Grizoste, 2013, 395.